quinta-feira, 22 de março de 2012

Dia Mundial da Água

Esta quinta-feira (22) é o Dia Mundial da Água, data oficializada pela ONU. 
Os países precisam de políticas próprias para a água e de um organismo que fiscalize o que é feito para garantir os recursos hídricos, afirma o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu.  
Segundo ele, que participou da sexta edição do Fórum Mundial da Água, realizado na última semana em Marselha, na França, foi consenso dos países participantes o "desleixo" que o assunto tem dentro da organização. 

Apesar do desenvolvimento do país e enriquecimento da população, o Brasil ainda não conseguiu alcançar 100% da coleta de esgoto, principal causador de poluição hídrica no país.
De acordo com o relatório “Conjuntura dos Recursos Hídricos”, divulgado em 2011 pela ANA, o Brasil coleta 56,6% do esgoto doméstico urbano. Entretanto, apenas 34% deste volume passa por tratamento. Além deste problema, não existe ainda uma rede integrada de monitoramento da qualidade das águas.
Segundo a ANA, em nove estados ainda não existem quaisquer pontos de medição de possíveis alterações. Além dos sete estados da região Norte, Santa Catarina e Maranhão não verificam os dados. De acordo com Maria Cristina Sá Brito, especialista em recursos hídricos da agência, o governo prevê para 2015 uma integração de dados sobre a qualidade da água que vai possibilitar a verificação de 4.400 pontos de coleta instalados em rios, nascentes e reservatórios .
“O projeto foi desenhado em 2008, mas devido ao atraso no processo de licitação, a Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade das Águas só começou a ser planejada em 2010. Com ela, haveria informações trimestrais e semestrais dos cursos d’água brasileiros, contribuindo para a preOutro motivo de preocupação são as águas subterrâneas, que começaram a ser analisadas devido ao risco de contaminação por esgoto não tratado e resíduos industriais. Em 2011, o governo liberou R$ 15 milhões para que investigações e testes fossem feitos em bacias como a rio Amazonas, no Norte, e São Francisco, no Nordeste.
Segundo a ANA, a expansão das cidades, com mais indústrias e bairros, muitas vezes sem infraestrutura de saneamento básico, pode já ter causado a contaminação do solo de reservatórios naturais, mesmo aqueles localizados a uma profundidade que varia de 80 metros a 1.000 metros de profundidade.conservação dos mananciais”, disse Maria.
Portanto, nos resta começar desde já a controlar o consumo de água e evitar desperdícios. Assim como, fazer o possível para não contaminar mais ainda os nossos rios, lagos, praias e poços.
O tema merece uma reflexão e mudança de hábitos. 
Fonte: g1.globo.com em 22 de março de 2012.